Barbárie de mim
sou assim sem escândalos
Torturas afins
sei me conter como tantos
Casa de mente escura
obscura em prantos
socos e tapas que dou
nas paredes da pele
que reveste o ser
Ser mais ninguém
vontade de sair
horas de fazer passar
Passa por cima
dos restos de mármore
troncos de árvore
que cobrem o jardim
Lâminas de aço
sem mola nem fio
cortam palavras afiadas
meu pulso esvai tudo
Cordas farrapos e restos no chão
Um milhão de soldados
na rua boladas e protestos
eu nua aqui
Calada sentada
cansada de não rir
e sentir
Covardes encantos
não choro
por mim
Caneta na mesa
só ela
a cuidar
Minha menina branca
bendita
me anima a acalmar